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terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Vento (Zéfiro)


No acalento de suaves tempos
Suspiros de emoções e devaneios
Eis então o filho do vento
O senhor dos ares sorrateiros

Levando longe e longe, sonhos despedaçados
Os ventos sussurram amores, saudades
A acariciar sutil as brancas nuvens sobre os prados
A viajar por largas e verdes pastagens

Zéfiro passa sereno pelos campos
Abruptamente a arrancar as mortas folhagens
Sob o manto negro da noite, passou com seus encantos
E ao despertar da aurora, mais uma manhã, suas viagens

O sopro banhou-se em rio, mar e oceano.
A essência da pureza em fim desnuda de seu manto
Talvez por Flora, envolto ao amor tirano
Eis que sua fortaleza desfaz-se como por encanto

Ao ver sua bela esposa ainda adormecida
Deslumbrado, contemplou a deusa das flores
O vento acariciou-lhe a face jamais esquecida
Em que Zéfiro depositou inefáveis amores.

Dayse Dynelle


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